March 17, 2024

“É difícil ser livre quando você é um produto comprado e vendido em um mercado.” Esta frase de George Hansen (Jack Nicholson em seu primeiro grande filme) é o padrão de “Easy Rider”. Verdadeiro monumento do cinema, escolhi este filme para destacar e fazer dele a minha principal fonte de inspiração para este editorial. O filme narra a odisséia de dois motociclistas hippies, dois motociclistas “Born to be wild” para usar o título emblemático de Steppenwolf (trilha sonora magistral do filme). Easy Rider é a angústia do vazio de uma geração rebelde, ociosa e entediada. Na época, era um verdadeiro manifesto contra uma sociedade de consumo que alienava os indivíduos e acabava os eliminando. Este filme já lançava um olhar inovador sobre um problema social que ainda hoje é relevante: os valores do homem moderno que luta contra um sistema que o engole. É num estilo nas cores da bandeira americana, verdadeiro padrão antissistema deste filme, que criamos a primeira parte deste editorial. Capacete estrelado e jaqueta nas cores da bandeira para o primeiro look, em homenagem ao famoso Chopper dirigido por Peter Fonda. O segundo foi desenhado com um capacete laranja, uma homenagem ao Chopper de Dennis Hopper e a todos os “riders”, já que esta cor remete ao cenário mítico da Rota 66 e à sua terra laranja, às suas montanhas ocres e ao seu pôr do sol de tirar o fôlego. É portanto uma Luiza “Born to be wild” que te convido a descobrir neste editorial. Tudo realçado pelos suntuosos cliques e edição de Felipe Valim.